One face among the many, I never thought you cared.
Sim, esta é a minha rua
a minha sala, o meu quarto, o meu colchão
em vez de janelas há estrelas
e o tapete o passeio, as pedras do chão
o candeeiro a luz da lua
o cobertor caixas forradas de papel
em vez de vontade o cansaço
em vez de um beijo o vento a rasgar-me na pele
Talvez um dia possa ser
tudo o que o meu sonho quiser
e assim chegue ao pé de ti
talvez um dia possa ser
talvez um dia possa querer
acordar-me a mim
Sim, esta é a minha vida
dois braços baixos aí estendidos no chão
entre o silêncio e a vertigem
sorriso gasto sem calor no coração
o sol não nasce, apenas passa
o tempo cai sem nada desenhar no céu
arrasto pegadas na alma
olho pra trás e vejo não há nada meu.
Entre a Vertigem e o Silêncio, Nuno Norte
a minha sala, o meu quarto, o meu colchão
em vez de janelas há estrelas
e o tapete o passeio, as pedras do chão
o candeeiro a luz da lua
o cobertor caixas forradas de papel
em vez de vontade o cansaço
em vez de um beijo o vento a rasgar-me na pele
Talvez um dia possa ser
tudo o que o meu sonho quiser
e assim chegue ao pé de ti
talvez um dia possa ser
talvez um dia possa querer
acordar-me a mim
Sim, esta é a minha vida
dois braços baixos aí estendidos no chão
entre o silêncio e a vertigem
sorriso gasto sem calor no coração
o sol não nasce, apenas passa
o tempo cai sem nada desenhar no céu
arrasto pegadas na alma
olho pra trás e vejo não há nada meu.
Entre a Vertigem e o Silêncio, Nuno Norte
Are you ready to change the way you live?
The climite crisis can be solved
Here's how to start
go to
you can reduce your carbon emissions.
In fact, you can reduce your carbon emissions to zero.
Buy energy efficient appliances
+ lightbulbs
Change your thermostat (and use clock thermostats)
• Change your thermostat (and use clock thermostats) to reduce energy for heating + cooling
Weatherize your house,
increase insulation, get an energy audit
Recycle •
If you can, buy and hybrid car
When you can, walk or ride a bicycle.
Where you can, use light rail + mass transit
Tell your parents not to ruin the world that you will live in.
If you are a parent, join with your children
to save the world they will live in.
• Switch to renewable sources of energy.
Call your power company
to see if they offer green energy.
If they don't, ask them why not.
Vote for the leaders who pledge to solve this crisis.
Write to the congress.
If they don't listen, run for the congress.
Plant trees,
lots of trees •
Speak up in your community.
Call radio shows and write newspapers.
Insist that America freeze CO2 emissions
+ join efforts to stop global warming.
Reduce our dependence on foreign oil;
help farmers grow alcohol fuels.
• Raise fuel economy standards;
require lower emissions from automobiles.
If you believe in prayer,
pray that people will find
the strength to change.
In the words of the old African proverb,
when you pray, move your feet:
Encourage everyone you know to see this movie.
• Learn as much as you can about the climite crisis
Then put your knowledge into action.
from An Inconvenient Truth (2005)
Now, don’t just walk away, pretending everything’s ok and you don’t care about me. And I know there’s just no use, when all your lies become your truths and I don’t care, yeah, yeah, yeah! Could you look me in the eye and tell me that you’re happy now?, ohhh, ohhh. Would you tell it to my face or have I been erased, are you happy now? Are you happy now? You took all there was to take, and left me with an empty plate and you don’t care about it, yeah. And I am givin' up this game. I’m leaving you with all the blame cause I don’t care, yeah, yeah yeah! Could you look me in the eye? And tell me that you’re happy now, oohh oohhh. Would you tell it to my face or have I been erased, Are you happy now? Ohhh, ohhhh. Are you happy now? Are you happy now? yeah, yeah, yeah. Do you really have everything you want? You can't ever give somethin' you ain't got! You can’t run away from yourself! Could you look me in the eyes... and tell me that you're happy now?..., yeah, yeah. C'mon, tell it to my face! or have i been replaced, are you happy now? Ohhh, ohhhh. Are you happy now? Would you look me in the eye? Could you look me in the eye? I’ve had all that I can take, I'm not about to break, cause I’m happy now, ohhh, ohhh. Are you happy now?
Are You Happy Now, Michelle Branch
Are You Happy Now, Michelle Branch
« Bridget deslocou-se para o alpendre da sua cabina. Podia pelo menos contemplar a baía. Tinha uma caneta e um bloco de papel. Precisava de mandar as Calças a Carmen, mas hoje era um mau dia para escrever.
Estava ali sentada, a mordiscar a tampa da caneta, quando Eric apareceu. Sentou-se na balaustrada.
- Como vai isso? – perguntou ele.
- Bem – respondeu ela.
- Perdeste o jogo – disse ele. Não lhe tocou. Não olhou para ela. – Foi um bom jogo. A Diana arrasou tudo.
Estavam a fazer o relógio andar para trás. Eric voltara a ser o treinador benevolente, e Bridget a jogadora imparável. Ele estava a pedir-lhe autorização para fingir que o que quer que acontecera não acontecera.
Ela não tinha a certeza de a querer dar. - Estava cansada. Foi uma longa noite.
Ele corou. Estendeu as mãos e olhou para as palmas. – Ouve, Bridget. – Parecia estar a escolher um sortido de palavras muito pobre. – Eu devia ter-te mandado embora a noite passada. Não te devia ter seguido quando te vi passar pela minha porta… fiz mal. Assumo a responsabilidade.
- Foi minha escolha ir. – Como é que ele se atrevia a retirar-lhe o seu poder?
- Mas eu sou mais velho do que tu. E sou eu quem… sou eu quem estaria metido num sarilho dos diabos se alguém descobrisse.
Continuava a não olhar para ela. Não sabia que mais dizer. Queria ir-se embora. Ela via isso perfeitamente. – Lamento – disse ele.
Bridget atirou-lhe com a caneta quando ele se virou. Detestava que ele tivesse dito aquilo. »
in Sisterhood Of The Traveling Pants, Ann Brashares
Estava ali sentada, a mordiscar a tampa da caneta, quando Eric apareceu. Sentou-se na balaustrada.
- Como vai isso? – perguntou ele.
- Bem – respondeu ela.
- Perdeste o jogo – disse ele. Não lhe tocou. Não olhou para ela. – Foi um bom jogo. A Diana arrasou tudo.
Estavam a fazer o relógio andar para trás. Eric voltara a ser o treinador benevolente, e Bridget a jogadora imparável. Ele estava a pedir-lhe autorização para fingir que o que quer que acontecera não acontecera.
Ela não tinha a certeza de a querer dar. - Estava cansada. Foi uma longa noite.
Ele corou. Estendeu as mãos e olhou para as palmas. – Ouve, Bridget. – Parecia estar a escolher um sortido de palavras muito pobre. – Eu devia ter-te mandado embora a noite passada. Não te devia ter seguido quando te vi passar pela minha porta… fiz mal. Assumo a responsabilidade.
- Foi minha escolha ir. – Como é que ele se atrevia a retirar-lhe o seu poder?
- Mas eu sou mais velho do que tu. E sou eu quem… sou eu quem estaria metido num sarilho dos diabos se alguém descobrisse.
Continuava a não olhar para ela. Não sabia que mais dizer. Queria ir-se embora. Ela via isso perfeitamente. – Lamento – disse ele.
Bridget atirou-lhe com a caneta quando ele se virou. Detestava que ele tivesse dito aquilo. »
in Sisterhood Of The Traveling Pants, Ann Brashares
Can't you see, I'm easily bothered by persistence. One step from lashing out at you...You want in to get under my skin. And call yourself a friend. I've got more friends like you. What do I do? Is there no standard anymore? What it takes, who I am, where I've been. Belong. You can't be something you're not - Be yourself, by yourself. Stay away from me. A lesson learned in life. Known from the dawn of time. RE-Spect-Walk! (Are you talking to me? Are you talking to me? Run your mouth when I'm not around. It's easy to achieve. You cry to weak friends that sympathize. Can you hear the violins playing your song? Those same friends tell me your every word. Are you talking to me? No way punk!
Reencontros [/.]
Apoiou-se no balcão mármore frio, de cotovelos espetados e rodando a colher de plástico dentro do copo de café. Estava demasiado cansada para estar no emprego. Estava demasiado cansada para ir para casa. Estava demasiado cansada para se deitar.
Lá no fundo, tocava uma balada qualquer, daquelas antigas que toda a gente sabia de cor, comuns em praticamente todos os lares habitados por bons apreciadores de música. Viu-se a desejar que estive ali alguém. Mas não um alguém qualquer. Ele, mais propriamente.
Mas ele já não fazia parte da sua vida. Bom, de certa forma fazia; continuava a vê-lo todos os dias. Em geral, a sua presença não a afectava. Habituara-se. De qualquer das formas, fora ela que terminara com aquilo.
Hoje não tinha vindo trabalhar. Era o terceiro dia consecutivo que não ia trabalhar. Não que isso a incomodasse numa outra altura, porém, sentia-se estranhamente sozinha. Não ajudava o facto do namorado também ter partido, fazia uma semana, para o outro lado do país.
Estava demasiado cansada, sim, mas pensou que não seria uma má ideia ir a casa dele e descobrir o que se passava. Não atendia telefonemas, não enviava recados e ainda ninguém se disponibilizara para ir averiguar a situação. Ela também não se quisera oferecer, talvez por remorso, ou por conveniência própria, e provavelmente ainda assim fosse por sua conveniência.
Quinze minutos depois, estava a percorrer a estrada nacional que iria dar à sua casa. Tinha as mãos suadas a apertarem o volante com força. Estaria com medo de alguma coisa? Que medo? Medo de si mesma? Medo do que poderia encontrar? Medo do que ele faria quando a visse? Eram amigos, não eram?
Os faróis iluminavam o alcatrão e os arbustos que ladeavam a via. Estava muito, muito escuro. Fizera o mesmo percurso vezes sem conta no passado, enquanto ainda eram amantes, e ela ia a casa dele para uma longa noite de conforto e satisfação. Era corajosa. Sabia que o era.
(…)
Estacionou o carro na frente da porta castanha escura 703. Um frio de Outono entrou-lhe pelo casaco e obrigou-a a cruzar os braços até às escadas. Bateu duas vezes. Ia bater a terceira, e deteve-se quando ouviu passos. Um vulto negro, mas inconfundível, abriu a porta. Tinha o cabelo despenteado e estava descalço. Apesar da fraca iluminação, conseguia ver-lhe as feições que espelhavam o seu estado de espírito.
- Entra, disse-lhe ele.
Entrou; quase se esbarrava com dois caixotes pousados na entrada da porta. – Cuidado, avisou.
Sentou-se no sofá desarrumado. Reparou na almofada e no cobertor, olhando-os com uma certa apreensão, ainda que se esforçasse para não mostrá-la. – Está cá mais alguém? Estava a sussurrar. Estaria ali mais alguém?
- Não, apenas eu.
- Então, andas a dormir na sala? Não conseguiu evitar um leve sorriso.
- Apercebi-me que fazia bem à coluna. - Sorriu também – Estou a pintar o quarto.
- Oh. A sério?
- A sério.
Silêncio.
- Estamos todos preocupados contigo. Não apareces nem comunicas com ninguém há três dias. Travou um suspiro de ansiedade. Estava a conter emoções, bem o sabia. Sentia-o, mesmo. E isso assustava-a. Já não se sentia assim desde que…
- Tu também?
Desde que terminara com ele. – É claro.
- Tens-me feito muita falta.
Novo suspiro. Não estava a tentar ter paciência para com ele. Estava a tentar controlar-se. Mas não queria admitir que também sentia tudo o que ele possivelmente também sentia.
Ao contrário da última vez que o dissera, não estava sob o efeito da bebida. Podia não estar a ser racional, mas também não estava totalmente inconsciente.
Acreditou-se. Acenou lentamente.
Ele aproximou-se. Cheio de precauções. Da última vez, recusara-o, como deveria tê-lo feito agora. Mas deixou-o sentar-se do seu lado, segurar-lhe na mão e apertá-la suavemente.
- Sabes que não posso fazer isto. – murmurou-lhe.
- Então porque vieste? Era uma grande pergunta. Uma óptima pergunta. Infelizmente, não sabia a resposta. Se a sabia, não queria admitir que a sabia. Manteve-se calada, compreendendo que ao não responder, teria de aguentar com as consequências.
Passou-lhe o braço em torno dos ombros. Deixou-se ir. Tinha saudades daquilo. Daquele perfume. Daquele calor. Da respiração dele perto da dela. Sentiu-o cheirar o aroma do champô do seu cabelo e depois beijá-lo. Perdendo a noção do certo e do errado, correspondeu ao seu abraço e encostou-se ao seu corpo, grande e protector. Precisava dela. Puxou-a mais para junto de si e beijou-a.
(...)
Apoiou-se no balcão mármore frio, de cotovelos espetados e rodando a colher de plástico dentro do copo de café. Estava demasiado cansada para estar no emprego. Estava demasiado cansada para ir para casa. Estava demasiado cansada para se deitar.
Lá no fundo, tocava uma balada qualquer, daquelas antigas que toda a gente sabia de cor, comuns em praticamente todos os lares habitados por bons apreciadores de música. Viu-se a desejar que estive ali alguém. Mas não um alguém qualquer. Ele, mais propriamente.
Mas ele já não fazia parte da sua vida. Bom, de certa forma fazia; continuava a vê-lo todos os dias. Em geral, a sua presença não a afectava. Habituara-se. De qualquer das formas, fora ela que terminara com aquilo.
Hoje não tinha vindo trabalhar. Era o terceiro dia consecutivo que não ia trabalhar. Não que isso a incomodasse numa outra altura, porém, sentia-se estranhamente sozinha. Não ajudava o facto do namorado também ter partido, fazia uma semana, para o outro lado do país.
Estava demasiado cansada, sim, mas pensou que não seria uma má ideia ir a casa dele e descobrir o que se passava. Não atendia telefonemas, não enviava recados e ainda ninguém se disponibilizara para ir averiguar a situação. Ela também não se quisera oferecer, talvez por remorso, ou por conveniência própria, e provavelmente ainda assim fosse por sua conveniência.
Quinze minutos depois, estava a percorrer a estrada nacional que iria dar à sua casa. Tinha as mãos suadas a apertarem o volante com força. Estaria com medo de alguma coisa? Que medo? Medo de si mesma? Medo do que poderia encontrar? Medo do que ele faria quando a visse? Eram amigos, não eram?
Os faróis iluminavam o alcatrão e os arbustos que ladeavam a via. Estava muito, muito escuro. Fizera o mesmo percurso vezes sem conta no passado, enquanto ainda eram amantes, e ela ia a casa dele para uma longa noite de conforto e satisfação. Era corajosa. Sabia que o era.
(…)
Estacionou o carro na frente da porta castanha escura 703. Um frio de Outono entrou-lhe pelo casaco e obrigou-a a cruzar os braços até às escadas. Bateu duas vezes. Ia bater a terceira, e deteve-se quando ouviu passos. Um vulto negro, mas inconfundível, abriu a porta. Tinha o cabelo despenteado e estava descalço. Apesar da fraca iluminação, conseguia ver-lhe as feições que espelhavam o seu estado de espírito.
- Entra, disse-lhe ele.
Entrou; quase se esbarrava com dois caixotes pousados na entrada da porta. – Cuidado, avisou.
Sentou-se no sofá desarrumado. Reparou na almofada e no cobertor, olhando-os com uma certa apreensão, ainda que se esforçasse para não mostrá-la. – Está cá mais alguém? Estava a sussurrar. Estaria ali mais alguém?
- Não, apenas eu.
- Então, andas a dormir na sala? Não conseguiu evitar um leve sorriso.
- Apercebi-me que fazia bem à coluna. - Sorriu também – Estou a pintar o quarto.
- Oh. A sério?
- A sério.
Silêncio.
- Estamos todos preocupados contigo. Não apareces nem comunicas com ninguém há três dias. Travou um suspiro de ansiedade. Estava a conter emoções, bem o sabia. Sentia-o, mesmo. E isso assustava-a. Já não se sentia assim desde que…
- Tu também?
Desde que terminara com ele. – É claro.
- Tens-me feito muita falta.
Novo suspiro. Não estava a tentar ter paciência para com ele. Estava a tentar controlar-se. Mas não queria admitir que também sentia tudo o que ele possivelmente também sentia.
Ao contrário da última vez que o dissera, não estava sob o efeito da bebida. Podia não estar a ser racional, mas também não estava totalmente inconsciente.
Acreditou-se. Acenou lentamente.
Ele aproximou-se. Cheio de precauções. Da última vez, recusara-o, como deveria tê-lo feito agora. Mas deixou-o sentar-se do seu lado, segurar-lhe na mão e apertá-la suavemente.
- Sabes que não posso fazer isto. – murmurou-lhe.
- Então porque vieste? Era uma grande pergunta. Uma óptima pergunta. Infelizmente, não sabia a resposta. Se a sabia, não queria admitir que a sabia. Manteve-se calada, compreendendo que ao não responder, teria de aguentar com as consequências.
Passou-lhe o braço em torno dos ombros. Deixou-se ir. Tinha saudades daquilo. Daquele perfume. Daquele calor. Da respiração dele perto da dela. Sentiu-o cheirar o aroma do champô do seu cabelo e depois beijá-lo. Perdendo a noção do certo e do errado, correspondeu ao seu abraço e encostou-se ao seu corpo, grande e protector. Precisava dela. Puxou-a mais para junto de si e beijou-a.
(...)
É o regresso à procura de algo que nem sequer existe. É o regresso aos suspiros, ao fechar de olhos à realidade e só ver aquilo que se quer, aquilo que se pressupõe que existe, mesmo tendo a completa noção que estou a criar um mundo só para mim. Arde, e não é um ardor agradável. É abanar a cabeça a cada pensamento que regressa ainda com mais força. É olhar para sitios, lugares, tantos mais do que no passado, e não ser capaz de raciocinar direito. É sentir um peso na cabeça, nas pálpebras e em todos os músculos do corpo. Mas é tão inútil. Tão inútil. Para mim, principalmente. Fingir. Que tendência horrorosa. Provoca dor, ânsia, má disposição, tristeza, saudades (daquilo que nunca se teve!), rancor, orgulho excessivo, enfim, perda da noção da realidade.
I think you're sleeping with a friend of mine
I have no proof
but I think that I'm right
And you've still got the most beautiful face
It just makes me sad
most of the time
Sinto-me assim, sem voz, sem som. Gritos mudos que fazem ricochete na parede branca. De repente, já não sou ninguém. Uma passagem brusca que não deixou marcas. Um desprezo gigantesco, um encolher de ombros, carteiras vazias, "empty hearts", roupa ignorada, nada de sentimentos, sentimentos são escusados para isto. E não odeio, odiar seria dar importância ao que não a tem, nem um pouco, nem por sombras.
This is not a fight, this is no goodbye.
(You've been sorry before.)
AGULHAS (...)
« O dia está mesmo a chegar. Já o sinto. Esqueci-me de fechar as persianas. E assim me levanto para as ir fechar. Não está frio nem calor. Não há nada que faça sentido. Não há uma única ponta por onde possa pegar que me ligue a algum lado. »
- Sossego. Um sossego tremendo. Nem uma voz, nem um som, silêncio puro, silêncio de que nada espera. "Freezed in time". Congelada no tempo. Nada de protecções, tudo exposto, a alma, o corpo. Sem dramatismos. Sem euforia. Sem desilusão. Sem paixão. Frio. Ausência de sensação. Aqui, no peito, no coração, nas pernas, nas mãos. Só o estômago reclama das bebidas misturadas. Ele não aguenta isto e aquilo, aguenta as bebidas talvez, mas não isto, isto, isto. Isto. Precisa de sossego, quer dormir em paz. Não pode. A cabeça está demasiado ocupada.
- O sol chega. O céu é demasiado azul. Ainda assim, uma hora depois de as ter fechado, volta a abri-las, enchendo o quarto vazio, que continua vazio. Lençóis enrolados no corpo. Ausência de sensação de abandono. Ausência de sensações. Banho quente, a ferver. Roupa para lavar, toda, não sobrou uma peça para recordar. Teriam ido todas para o lixo, se assim pudesse ser. Imundas. Demasiado imundas. Por dentro e por fora. Debaixo e por cima da pele.
- Supermercado. Poucas pessoas. Cheiros conhecidos. Cheiros comuns. Cheiros banais. Café sem açúcar. Café a sério. Luzes de halogénio. Chuva. Chove outra vez. Jamais me incomodará. Forças (quem me dera tê-las).
« (...) mas não era amor. Não eram músicas romanticas. Nunca foram. Talvez um dia a cabeça quis que fossem. Mas o coração não amava. Nunca amou. Sentiu-se livre. Quis o que queria. Não precisa de mais nada. Eras tu, outra vez, (nunca) meu amor. »
« O dia está mesmo a chegar. Já o sinto. Esqueci-me de fechar as persianas. E assim me levanto para as ir fechar. Não está frio nem calor. Não há nada que faça sentido. Não há uma única ponta por onde possa pegar que me ligue a algum lado. »
- Sossego. Um sossego tremendo. Nem uma voz, nem um som, silêncio puro, silêncio de que nada espera. "Freezed in time". Congelada no tempo. Nada de protecções, tudo exposto, a alma, o corpo. Sem dramatismos. Sem euforia. Sem desilusão. Sem paixão. Frio. Ausência de sensação. Aqui, no peito, no coração, nas pernas, nas mãos. Só o estômago reclama das bebidas misturadas. Ele não aguenta isto e aquilo, aguenta as bebidas talvez, mas não isto, isto, isto. Isto. Precisa de sossego, quer dormir em paz. Não pode. A cabeça está demasiado ocupada.
- O sol chega. O céu é demasiado azul. Ainda assim, uma hora depois de as ter fechado, volta a abri-las, enchendo o quarto vazio, que continua vazio. Lençóis enrolados no corpo. Ausência de sensação de abandono. Ausência de sensações. Banho quente, a ferver. Roupa para lavar, toda, não sobrou uma peça para recordar. Teriam ido todas para o lixo, se assim pudesse ser. Imundas. Demasiado imundas. Por dentro e por fora. Debaixo e por cima da pele.
- Supermercado. Poucas pessoas. Cheiros conhecidos. Cheiros comuns. Cheiros banais. Café sem açúcar. Café a sério. Luzes de halogénio. Chuva. Chove outra vez. Jamais me incomodará. Forças (quem me dera tê-las).
« (...) mas não era amor. Não eram músicas romanticas. Nunca foram. Talvez um dia a cabeça quis que fossem. Mas o coração não amava. Nunca amou. Sentiu-se livre. Quis o que queria. Não precisa de mais nada. Eras tu, outra vez, (nunca) meu amor. »
torradas com leite. torradas de pão de centeio. torradas com mel. torradas com geleia torradas com compota de morango (framboesa, pêssego, pêra, laranja) torradas com manteiga de amendoim. torradas com manteiga. torradas com margarina. torradas com açúcar e canela. torradas ao pequeno almoço. torradas de pão de trigo. torradas com fiambre. torradas com chá. torradas com fruta. torradas com marmelada. torradas com queijo. torradas com atum. torradas com salsicha. torradas com tomate. torradas. torradas. torradas.
I TOLD YOU SO
"Achas que ninguém vê", chora ela. Ela chora tanto. Sabias disso, pelo menos? Toda ela é medo, febre. Ar. É como um balão que enche, enche... só ar, nada mais. Vazio. "It hurt so bad!"
Ela dizia, Só ele é capaz de me fazer sorrir desta maneira!, suspirando. Riscava com giz os bancos de cimento e ansiava pelo fim do dia. O sol descia, ela amava-o. Tinha em si todos os desejos do universo. Ideias loucas, vadias, sem nome, tão perfeitas que poderiam ter sido forjadas por um vigarista profissional.
Disse-me que tinha saudades tuas. Disse-me que, na sua secretária, ela lembra-se de ti. Diz que sente o teu perfume no supermercado, na zona dos frios. Fica horas a falar comigo sobre a forma como lhe contavas todas as coisas que gostavas. Por vezes, ainda risca o banco, mas nada escreve. Estou a tentar convencê-la que tu não prestas, que nada podes fazer por ela a não ser trazer sofrimento. Mas ela não me ouve. Já lhe gritei, BURRA, aos ouvidos. Não resultou.
E doía infernalmente, porque um dia foste meu amante. Um dia, sim.
Ela dizia, Só ele é capaz de me fazer sorrir desta maneira!, suspirando. Riscava com giz os bancos de cimento e ansiava pelo fim do dia. O sol descia, ela amava-o. Tinha em si todos os desejos do universo. Ideias loucas, vadias, sem nome, tão perfeitas que poderiam ter sido forjadas por um vigarista profissional.
Disse-me que tinha saudades tuas. Disse-me que, na sua secretária, ela lembra-se de ti. Diz que sente o teu perfume no supermercado, na zona dos frios. Fica horas a falar comigo sobre a forma como lhe contavas todas as coisas que gostavas. Por vezes, ainda risca o banco, mas nada escreve. Estou a tentar convencê-la que tu não prestas, que nada podes fazer por ela a não ser trazer sofrimento. Mas ela não me ouve. Já lhe gritei, BURRA, aos ouvidos. Não resultou.
E doía infernalmente, porque um dia foste meu amante. Um dia, sim.
Queres lutar com quem?
Para doer aonde?
Para ser o que?
Achas que ninguem vê?..
E p'ra que fingir?
Porque mentir e remar na dor?
Achas que ninguem vê?..
Também eu queria parar...
chorar... cair...
p'ra me levantar, p'ra te puxar!
Te fazer sorrir, não voltar a cair!...
Não me olhes assim,
continuo a ser quem fui!
Cada vez mais aqui...
Não dances tão longe,que eu já te vi...
Também eu queria parar...
chorar... cair...
p'ra me levantar, p'ra te puxar!
Te fazer sorrir, não voltar a cair!...
Cada Vez Mais Aqui, Toranja
Angel - ANA NOGUEIRA
Spend all your time waiting
For that second chance
For a break that would make it okay
There’s always one reason
To feel not good enough
And it’s hard at the end of the day
I need some distraction
Oh beautiful release
Memory seeps from my veins
Let me be empty
And weightless and maybe
I’ll find some peace tonight
In the arms of an angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort there
So tired of the straight line
And everywhere you turn
There’s vultures and thieves at your back
And the storm keeps on twisting
You keep on building the lies
That you make up for all that you lack
It don’t make no difference
Escaping one last time
It’s easier to believe in this sweet madness oh
This glorious sadness that brings me to my knees
In the arms of an angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort there
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort here
Sarah Mclachlan
Spend all your time waiting
For that second chance
For a break that would make it okay
There’s always one reason
To feel not good enough
And it’s hard at the end of the day
I need some distraction
Oh beautiful release
Memory seeps from my veins
Let me be empty
And weightless and maybe
I’ll find some peace tonight
In the arms of an angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort there
So tired of the straight line
And everywhere you turn
There’s vultures and thieves at your back
And the storm keeps on twisting
You keep on building the lies
That you make up for all that you lack
It don’t make no difference
Escaping one last time
It’s easier to believe in this sweet madness oh
This glorious sadness that brings me to my knees
In the arms of an angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort there
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort here
Sarah Mclachlan
I hate the way you talk to me and the way you cut your hair
I hate the way you drive my car
I hate you when you stare
I hate your big dumb combat boots and the way you read my mind
I hate you so much that it makes me sick itt even makes me rhyme
I hate the way you're always right
I hate it when you lie
I hate it when you make my laugh even worse when you make me cry
I hate it when you're not around and the fact that you didn't call
But the mostly I hate the way I don't hate you
Not even close,
not even a little bit,
not even at all.
in Ten Things I Hate About You.
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