One face among the many, I never thought you cared.

« Bridget deslocou-se para o alpendre da sua cabina. Podia pelo menos contemplar a baía. Tinha uma caneta e um bloco de papel. Precisava de mandar as Calças a Carmen, mas hoje era um mau dia para escrever.
Estava ali sentada, a mordiscar a tampa da caneta, quando Eric apareceu. Sentou-se na balaustrada.
- Como vai isso? – perguntou ele.
- Bem – respondeu ela.
- Perdeste o jogo – disse ele. Não lhe tocou. Não olhou para ela. – Foi um bom jogo. A Diana arrasou tudo.
Estavam a fazer o relógio andar para trás. Eric voltara a ser o treinador benevolente, e Bridget a jogadora imparável. Ele estava a pedir-lhe autorização para fingir que o que quer que acontecera não acontecera.
Ela não tinha a certeza de a querer dar. - Estava cansada. Foi uma longa noite.
Ele corou. Estendeu as mãos e olhou para as palmas. – Ouve, Bridget. – Parecia estar a escolher um sortido de palavras muito pobre. – Eu devia ter-te mandado embora a noite passada. Não te devia ter seguido quando te vi passar pela minha porta… fiz mal. Assumo a responsabilidade.
- Foi minha escolha ir. – Como é que ele se atrevia a retirar-lhe o seu poder?
- Mas eu sou mais velho do que tu. E sou eu quem… sou eu quem estaria metido num sarilho dos diabos se alguém descobrisse.
Continuava a não olhar para ela. Não sabia que mais dizer. Queria ir-se embora. Ela via isso perfeitamente. – Lamento – disse ele.
Bridget atirou-lhe com a caneta quando ele se virou. Detestava que ele tivesse dito aquilo. »



in Sisterhood Of The Traveling Pants, Ann Brashares

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