Os dias passam e tu já és um mito, e eu de carne e osso. Já não me recordo bem qual o teu cheiro, qual o teu sabor, e todas aquelas coisas que me lembrava há bem pouco tempo. Agora és vago, não consigo focar bem a tua imagem. Nem quando te encontro, nem quando te imagino, nem sequer quando me esforço por pensar em ti. Tudo é distorcido, já nem te conheço. Pensava que não me iria esquecer dos detalhes, e esqueci. Quando quero recordá-los, nunca corresponde ao que aconteceu, e eu minto para mim e tenho a noção da mentira. Por vezes sonho, e nenhum dos sonhos faz sentido. Estás cada vez mais longe. Mal te vejo e não quero voltar a ver. Redescobrir-te é sentir tudo outra vez. Recuso-me a sentir. Recuso-me a passar pelo mesmo. Foste o que foste, hoje já não és nada. Quero eu que não sejas nada.
[pressionando os olhos] Vai-te embora para longe daqui.
[empurrando um fantasma] Desaparece, não te quero ver mais.
[...] « MORRES, SE TE PEDIR? »
Drippin' with sin.
1 comentário:
Pronto... aquilo que eu disse que tinha escrito ontem tinha a ver com isto.
Enviar um comentário