One face among the many, I never thought you cared.

7 miles from the sun [/.]


- Porque é que me seguiste?
- Porque precisava de falar contigo.
- Sabes que não gosto que o faças.
- Precisava falar contigo.
- Espero que não vás repetir aquilo que me estás sempre a dizer.
- O que é que eu estou sempre a dizer-te?
- Que me amas. Que me queres. Que não existe mais ninguém no mundo senão eu.
- E não acreditas nisso quando o digo?
- Acredito que estejas confusa.
- Mas não estou.
- Não tens idade para distinguir os teus sentimentos.
- Quem disse isso?
- Estou eu a dizer.
- E como é que ficaste a saber isso?
- Não sei. Já passei por essa fase.
- Que fase?
- A fase de nos entregarmos a tudo sem pensar.
- E é uma má fase?
- Não.
- Então porque ma negas?
- É errado.
- E o que é errado não sabe melhor que as coisas certas?
- Sim.
- Então não me afastes de ti.
- Não posso não o fazer.
- Porquê?
- Porque irias magoar-te.
- E porque é que isso havia de acontecer?
- Porque não tens consciencia dos teus actos.
- O que é a consciencia ao lado do enorme desejo que tenho por ti?
- Não tens idade para mim.
- E o que é a idade ao lado da paixão que tenho por ti?
- Não podemos fazer isto.
- É por eu não te agradar?
- Sabes bem que não.
- Então deixa-te ir.
- Não posso. Estou a tentar ser responsável.
- Posso impedir-te de o ser?
- Não.
- Posso chorar por não te conseguir impedir?
- Não quero que chores. Mas podes.
- Porque é que eu posso chorar e não posso querer-te?
- Não sei.
- Abraça-me.
- Não posso.
- Não?
- Não.
- Porque não?
- Porque ou sou racional, ou perco-me completamente.
- Então perde-te.
- Tenho de me ir embora.
- Não vás, por favor.
- Esquece-me, pelo teu bem.
- Isso é impossível...

- Isso é impossível !

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