One face among the many, I never thought you cared.

Há dias assim (?)

« A mulher cheira a hotel » Cheirava mesmo, não estava a imaginar. Mas, bom, o que seria de esperar se ela realmente estava num hotel? Toda a gente cheirava a hotel. Menos aquele sujeito de roupas rasgadas e sujas que se debatia com os seguranças, ao querer entrar e a ser impedido de o fazer.
Havia muita movimentação. Sentia-se a única pessoa imóvel naquela sala. Encafuada num dos sofás de pele descomunais da recepção, esperava pelos pais que, ao contrário de Elisa, apreciavam uma boa manhã de sono.
Fora ali parar e nem sabia como. A mãe tinha dito, a ela e a Cristina, que seria óptimo um fim-de-semana em família! para os quatro. Antes era algo que faziam com frequência mas, por favor, isso era quando Elisa tinha seis anos. Além disso, as objecções ao passeio começaram cedo. Cristina esquivou-se de imediato, informando que ia para casa de uma amiga, e ninguém a conseguiu demover da ideia. Mesmo assim, os pais decidiram que fariam a viagem na mesma, e Elisa, sentindo-se mal se recusasse, acabou por aceitar.

(...)


1 comentário:

Joana disse...

está linda o texto , possaas !

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